No ano de 2012 o Viper, uma das bandas mais emblemáticas do
heavy metal nacional comemora 25 anos do lançamento do seu disco de estreia, o
clássico Soldiers of Sunrise, de 1987, mas vou falar aqui do seu segundo disco,
aquele que consolidou a carreira da banda, lançado em 1989, o incomparavel
Theater of Fate.
O Viper foi formado em São Paulo, no ano de 85, pelos irmãos
Pit (baixo) e Ives Passarel (guitarra, atualmente integra o Capital Inicial) e
tendo como frontman, um dos maiores nomes do metal nacional e também mundial, o
grande André Matos, nessa época com 17 anos de idade, já despontava como uma
das promessas do gênero e completando o time Felipe Machado na outra guitarra e
Guilherme Martin na bateria.
Os dois discos do Viper, principalmente o que está em
questão é um divisor de águas, pois pode ser considerado o primeiro disco de
metal melódico na safra do heavy nacional. Naquela década já tínhamos o
Sepultura despontando para o cenário mundial como um dos grandes do trash metal
e depois o Viper, como uma das promessas no melódico. Neste disco podemos notar
que as influências de bandas como o Helloween se faziam fortes nas canções, ali
podemos encontrar guitarras marcantes, bateria rápida, um vocal marcante e
principalmente, Pit Passarel no seu momento mais inspirado como compositor,
letras marcantes e de fácil aceitação por parte do público.
O disco começa com a intro Illusions, seguida por At Least a
Chance, uma música bem melódica que ja mostra o estilo a ser adotado pela banda
no resto da audição, logo depois vem a To Live Again, com seu refrão marcante e
depois a bem trabalhada A Cry from the Edge, com seu inicio puxado por violões
e caindo logo para o peso e melodias trincadas, depois da porrada na orelha vem
a música que nunca pode faltar nos shows do Viper, o hino Living for the Night,
com sua intro marcante, depois vem a Prelude to Oblivion com seu instrumental
mais puxado para a música clássica, seguida pela faixa titulo, que para mim, é
a melhor faixa do disco e esta entre as melhores do heavy metal, pelo menos na minha opinião, e fechando com a
única música que não é de composição de Pit, e sim de André Matos, já mostrando
sua veia clássica com a musica Moonlight, que é uma versão para Sonata ao Luar
de Bethoween.
Depois da tour desse disco, no ano de 90, André Matos sai da
banda por diferenças musicais a banda queria fazer um som mais pesado e
direto, e André, um som mais melódico pois a banda, na verdade, nunca curtiu o
uso de teclados e de todas as idéias de orquestrações que ele usava, assim
fazendo com que ele pulasse fora do grupo e seguindo seu rumo, fazendo
faculdade de musica, se formando como maestro e depois para o estrelato com o
Angra, mais ai já é pauta para outro post.
O Viper esse ano de 2012 fez uma tour para comemorar os 25
anos de lançamento do seu disco de estréia e nas apresentações tocava na
integra os dois Lps num show dividido em duas partes.
Fica a dica de um ótimo disco que serviu de influência para
uma série de bandas que surgiriam depois, como Wizards, Symbols, Mitrium e o
próprio Angra.
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