quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Viper – Theather of Fate



No ano de 2012 o Viper, uma das bandas mais emblemáticas do heavy metal nacional comemora 25 anos do lançamento do seu disco de estreia, o clássico Soldiers of Sunrise, de 1987, mas vou falar aqui do seu segundo disco, aquele que consolidou a carreira da banda, lançado em 1989, o incomparavel Theater of Fate.

O Viper foi formado em São Paulo, no ano de 85, pelos irmãos Pit (baixo) e Ives Passarel (guitarra, atualmente integra o Capital Inicial) e tendo como frontman, um dos maiores nomes do metal nacional e também mundial, o grande André Matos, nessa época  com 17 anos de idade, já despontava como uma das promessas do gênero e completando o time Felipe Machado na outra guitarra e Guilherme Martin na bateria.


Os dois discos do Viper, principalmente o que está em questão é um divisor de águas, pois pode ser considerado o primeiro disco de metal melódico na safra do heavy nacional. Naquela década já tínhamos o Sepultura despontando para o cenário mundial como um dos grandes do trash metal e depois o Viper, como uma das promessas no melódico. Neste disco podemos notar que as influências de bandas como o Helloween se faziam fortes nas canções, ali podemos encontrar guitarras marcantes, bateria rápida, um vocal marcante e principalmente, Pit Passarel no seu momento mais inspirado como compositor, letras marcantes e de fácil aceitação por parte do público.

O disco começa com a intro Illusions, seguida por At Least a Chance, uma música bem melódica que ja mostra o estilo a ser adotado pela banda no resto da audição, logo depois vem a To Live Again, com seu refrão marcante e depois a bem trabalhada A Cry from the Edge, com seu inicio puxado por violões e caindo logo para o peso e melodias trincadas, depois da porrada na orelha vem a música que nunca pode faltar nos shows do Viper, o hino Living for the Night, com sua intro marcante, depois vem a Prelude to Oblivion com seu instrumental mais puxado para a música clássica, seguida pela faixa titulo, que para mim, é a melhor faixa do disco e esta entre as melhores do heavy metal,  pelo menos na minha opinião, e fechando com a única música que não é de composição de Pit, e sim de André Matos, já mostrando sua veia clássica com a musica Moonlight, que é uma versão para Sonata ao Luar de Bethoween.

Depois da tour desse disco, no ano de 90, André Matos sai da banda por diferenças musicais  a banda queria fazer um som mais pesado e direto, e André, um som mais melódico  pois a banda, na verdade, nunca curtiu o uso de teclados e de todas as idéias de orquestrações que ele usava, assim fazendo com que ele pulasse fora do grupo e seguindo seu rumo, fazendo faculdade de musica, se formando como maestro e depois para o estrelato com o Angra, mais ai já é pauta para outro post.

O Viper esse ano de 2012 fez uma tour para comemorar os 25 anos de lançamento do seu disco de estréia e nas apresentações tocava na integra os dois Lps num show dividido em duas partes.

Fica a dica de um ótimo disco que serviu de influência para uma série de bandas que surgiriam depois, como Wizards, Symbols, Mitrium e o próprio Angra.

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