segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Moto Perpétuo, o passado rock and roll de Guilherme Arantes - O lado obscuro do rock brasileiro - Parte 3



A música atualmente está com um público tão “renovado” que fica difícil para alguns imaginarem que ícones da MPB como Ney Matogrosso, Flávio Venturini, Fábio Junior, Ritchie, entre outros tiveram um passado relacionado ao rock e suas vertentes. Entre eles está o cantor e compositor Guilherme Arantes, grande nome da música romântica dos anos 80 e 90 com milhares de hits e temas de novelas Globais.
 
Nos anos 70, um dos gêneros do rock que estava no auge era a música progressiva e muitas bandas como Yes, Pink Floyd, Genesis, Camel, JethroTull  faziam sucesso pelos continentes e aqui no Brasil tinha seu público cativo, assim fazendo surgir bandas nacionais seguindo o estilo do prog rock, nomes do calibre do Vimana, O Terço, Casa das Máquinas, Mutantes vinham se consagrando no gosto do público que curtia um bom rock em nosso País.
 
No meio desse turbilhão de bandas prog existia uma chamada Moto Perpétuo, do grande hitmaker Guilherme Arantes, autor e interprete de sucessos como “Planeta Agua”, “Balão Azul”,”Cheias de Charme” e muitos outros sucessos da MPB em sua formação exercendo a função de vocalista e tecladista. Ele durante sua juventude ouvia muitos cantores de MPB e algumas bandas da jovem guarda, pois tinha um tio que trabalhava na rede Record, assim podendo assistir os grandes festivais de musica daquele período. Teve aulas de piano e montou um grupo com amigos de escola chamado “Polissantes”, que também tinha na formação o ator Kadu Moliterno, onde tocavam covers da jovem guarda.
 
Tempo depois entrou na faculdade de arquitetura,  mas como não foi nada bem, decidiu seguir carreira como musico, pois Guilherme tinha muitos amigos no meio musical e conheceu Claudio Lucci que tocava violão, violoncelo e guitarra e no ano de 74 montou juntamente com os outros músicos Egydio Conte (guitarra), Diogenes Burani (bateria), Gerson Tatini(baixo) a banda Moto Pérpetuo, nome inspirado em um clássico de Paganini.
 

Depois uma rotina puxada de ensaios, eles gravam seu primeiro disco no mesmo ano de 74 e assim fizeram shows que deram destaque no cenário rock do Brasil, musicas como “Conto Contigo”, “Não reclamo da chuva”, “ Matinal” e outras acompanhavam esse belo disco fazendo dele uma obrigação na coleção de qualquer amante da musica prog nacional.
 
Porém, existia muita divergência musical entre Arantes e os outros membros da banda, pois ele tinha muita influência de MPB em suas composições e eles eram seguidores fiéis ao estilo prog, fazendo assim em 75, seguir uma carreira solo bem sucedida com o decorrer dos anos.
 
A música brasileira é cheia de histórias e interessantes como essa do grande Guilherme Arantes, na próxima coluna irei falar sobre Flávio Venturini e sua banda progressiva O Terço.
 
Abaixo uma das músicas do disco do Moto Perpetuo, curtam e se emocionam.
 

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