segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Batman Eternamente- o ano carnavalesco do homem-morcego




Depois do sucesso de Batman-o retorno de 1992, a Warner decidiu dar continuidade a franquia do morcego nos cinemas, dessa vez Tim Burton foi colocado na posição de produtor e para a direção do filme foi convocado Joel Schumacher(Garotos perdidos) e para o papel titulo foi chamado Val Kilmer.

O filme estava marcado para estrear no ano de 95, Burton perdeu a posição de diretor para Shumacher, um novo roteiro foi feito, mas o protagonista, Michael Keaton, que havia sido o Batman nas duas produções anteriores, viu a enrascada que era o tal filme se viu obrigado a abandonar a produção, pois algo de muito errado estava la, então parao o papel foi chamado Val Kilmer(The Doors, O Santo) para protagonizar a obra, mudança essa que foi até bem vista pelos fãs, pois fisicamente, Kilmer tinha mais vantagens sobre Keaton e também na época tinha um nome forte em Hollywood. Para os outros papéis de Alfred e comissario Gordon ainda foram mantidos os mesmos atores, de novidade tivemos Nicole Kidman no papel de psicóloga e interesse romantico de Wayne, Chase Meridian, Jim Carrey como Charada, Tommy Lee Jones como Duas Caras e o insuportavel Chris O’Donnel como Robin.


O filme tinha tudo para dar certo, ótimo elenco, ótimos efeitos especiais, ótimo figurino, destaque para o uniforme do Batman que dessa vez ficou muito legal, mas não foi tudo aquilo que esperavamos e ali viamos mais uma vez afundar as adaptações de hérois para cinema.

Exagero é a melhor palavra que pode se usar para definir o filme, tudo muito colorido e ao mesmo tempo gótico, uma combinação que nao deu muito certo, temos também os dois vilões super descaracterizados, mais para loucos do que para vilões, Tommy Lee estava irreconhecivel no papel de Duas Caras, todo talento do ator acumulado por anos de otimas atuações jogado no lixo após esse personagem e Jim Carrey aqui também totalmente perdido, se bem que não podia se dizer nada sobre ele, ainda estava começando a colher frutos de um inicio de carreira cinematografica, pois apesar de fazer filmes desde a decada de 80, seu papel de destaque antes de Batman foi no filme Ace Ventura, então ele não estava em condições de negar papéis para grandes produções,independente de qual fosse seu rumo. Outro pessimo momento do filme é de Nicole Kidman, aqui como piscologa, não acrescentava nada a historia, estava ali apenas por ser bonita, pois ela estando la ou não, nao ia fazer muita falta mesmo, Val Kilmer tambem que era a grande esperança do lance aqui, tambem não vingou, uma atuação calcada mais em caras e bocas e péssimo em suas cenas de ação e Chris O’Donnel não tem muito o que se falar, terrivel no papel de Robin.


O roteiro é cheio de furos e erros e sem contar na inclusão de bat-mamilos no uniforme dos herois e a tal da bat-bunda, afundando ali toda a moral do personagem do morcego. Outro ponto negativo do filme é a facilidade que Robin e os vilões tiveram de invadir a bat-caverna, o menino prodigio que de menino não tinha nada, parecia ser até mais velho que o Val Kilmer, conseguiu em questão de segundos entrar na caverna sem ser notado e o Charada tambem conseguiu o mesmo feito e destruiu quase todo o local com o uso de granadas. O bat-movel tambem aqui ficou mais carnavalesco que um carro alegorico, no seu visual foi adicionado uma barbatana indecente que chacoalhava toda nos momentos em que era usado.


Mesmo com uma sequencia de pataquadas, o filme conseguiu fazer uma otima bilheteria pelo mundo, dando sinal verde para mais uma produção do Batman,fazendo com que assim o buraco da cova ficasse mais e mais fundo.

Na proxima coluna teremos o sofrido, destestavel, lastimavel e tambem carnavalesco ultimo filme do morcego, o triste “Batman e Robin”.

Até mais, pessoal.



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