Depois do sucesso de Batman-o retorno de 1992, a Warner
decidiu dar continuidade a franquia do morcego nos cinemas, dessa vez Tim
Burton foi colocado na posição de produtor e para a direção do filme foi
convocado Joel Schumacher(Garotos perdidos) e para o papel titulo foi chamado
Val Kilmer.
O filme estava marcado para estrear no ano de 95, Burton
perdeu a posição de diretor para Shumacher, um novo roteiro foi feito, mas o
protagonista, Michael Keaton, que havia sido o Batman nas duas produções
anteriores, viu a enrascada que era o tal filme se viu obrigado a abandonar a
produção, pois algo de muito errado estava la, então parao o papel foi chamado
Val Kilmer(The Doors, O Santo) para protagonizar a obra, mudança essa que foi
até bem vista pelos fãs, pois fisicamente, Kilmer tinha mais vantagens sobre
Keaton e também na época tinha um nome forte em Hollywood. Para os outros papéis
de Alfred e comissario Gordon ainda foram mantidos os mesmos atores, de
novidade tivemos Nicole Kidman no papel de psicóloga e interesse romantico de
Wayne, Chase Meridian, Jim Carrey como Charada, Tommy Lee Jones como Duas Caras
e o insuportavel Chris O’Donnel como Robin.
O filme tinha tudo para dar certo, ótimo elenco, ótimos
efeitos especiais, ótimo figurino, destaque para o uniforme do Batman que dessa
vez ficou muito legal, mas não foi tudo aquilo que esperavamos e ali viamos
mais uma vez afundar as adaptações de hérois para cinema.
Exagero é a melhor palavra que pode se usar para definir o
filme, tudo muito colorido e ao mesmo tempo gótico, uma combinação que nao deu
muito certo, temos também os dois vilões super descaracterizados, mais para
loucos do que para vilões, Tommy Lee estava irreconhecivel no papel de Duas
Caras, todo talento do ator acumulado por anos de otimas atuações jogado no
lixo após esse personagem e Jim Carrey aqui também totalmente perdido, se bem
que não podia se dizer nada sobre ele, ainda estava começando a colher frutos
de um inicio de carreira cinematografica, pois apesar de fazer filmes desde a
decada de 80, seu papel de destaque antes de Batman foi no filme Ace Ventura,
então ele não estava em condições de negar papéis para grandes produções,independente
de qual fosse seu rumo. Outro pessimo momento do filme é de Nicole Kidman, aqui
como piscologa, não acrescentava nada a historia, estava ali apenas por ser
bonita, pois ela estando la ou não, nao ia fazer muita falta mesmo, Val Kilmer
tambem que era a grande esperança do lance aqui, tambem não vingou, uma atuação
calcada mais em caras e bocas e péssimo em suas cenas de ação e Chris O’Donnel
não tem muito o que se falar, terrivel no papel de Robin.
O roteiro é cheio de furos e erros e sem contar na inclusão
de bat-mamilos no uniforme dos herois e a tal da bat-bunda, afundando ali toda
a moral do personagem do morcego. Outro ponto negativo do filme é a facilidade
que Robin e os vilões tiveram de invadir a bat-caverna, o menino prodigio que
de menino não tinha nada, parecia ser até mais velho que o Val Kilmer,
conseguiu em questão de segundos entrar na caverna sem ser notado e o Charada
tambem conseguiu o mesmo feito e destruiu quase todo o local com o uso de
granadas. O bat-movel tambem aqui ficou mais carnavalesco que um carro
alegorico, no seu visual foi adicionado uma barbatana indecente que chacoalhava
toda nos momentos em que era usado.
Mesmo com uma sequencia de pataquadas, o filme conseguiu
fazer uma otima bilheteria pelo mundo, dando sinal verde para mais uma produção
do Batman,fazendo com que assim o buraco da cova ficasse mais e mais fundo.
Na proxima coluna teremos o sofrido, destestavel, lastimavel
e tambem carnavalesco ultimo filme do morcego, o triste “Batman e Robin”.
Até mais, pessoal.
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