Assistir “Django livre” é uma experiência única, apesar de
sua história não seguir nada do original protagonizado por Franco Nero nos anos
60, muitos elementos do bang bang italiano esta ali.
“Django” já começa ganhando no seu inicio, ao soltar os
primeiros acordes do tema original do filme composto por Luis Bacalov, famoso
por criar temas de filmes de western mas como citei no inicio do texto, nosso
Django em questão não é o mesmo dos anos 60 e seus muitos derivados, a trama
apesar de ser ambientada em um cenário western, aqui nosso héroi é um escravo
negro, interpretado por Jamie Foxx (Ray), que é liberto por um caçador de
recompensas intepretado por Christopher Waltz, o espetacular Dr. Schultz.
O Dr. Pede algumas informações a Django sobre algumas
pessoas que ele precisa matar e em troca disso tudo, o herói pede ajuda ao Dr
para procurar sua esposa que foi mandada para outra fazenda ser escrava e nesse
meio tempo de busca, o ex-escravo auxilia o Dr em suas missões em busca de
bandidos e fugitivos da lei.
O personagem de Waltz, apesar de ser um mercenário, um
matador de aluguel implacável é um homem muito educado e de fala refinada, que
nos mostra ser uma pessoa sensível e de bom caráter mesmo com a profissão que
exerce, seu personagem é muito carismático e se destaca muito durante o filme,
assim como foi na sua experiencia passada como o coronel nazista Hans Landa em “Bastardos Inglórios”.
Foxx também impressiona com sua atuação no filme, sempre
focado em aprender com o personagem de Waltz e conseguindo desenvolver bem seu
personagem no decorrer do filme, momento marcante dele é na cena em que ensina
a Franco Nero, numa participação mais que especial, a falar seu nome e dizendo
que “Django é com “D” mudo”, incrível.
Leonardo DiCaprio também impressiona no papel do vilão
Calvin Candie, dono de fazendas de escravo e Samuel L. Jackson também no papel
do escravo “domesticado” Stephen, um velho rabugento e puxa saco da família de
Calvin se destaca em momentos hilários.
Outro ponto interessante do filme de Tarantino, como já virou sua marca, é a incrível trilha sonora, que vai do rock, ao hip hop e aos
antigos temas de faroeste. Temos também a câmera que faz aquele close no rosto
dos personagens típicos dos filmes de artes marciais e faroestes antigos e dois
elementos que nunca faltam nos filme de Tarantino: muito sangue exibidos de
maneira exagerada e os diálogos longos, mesmo sendo muito prolixos em certos
momentos, mas também arrancam algumas risadas durante a trama, sem contar as
frases de impacto carregado de muito sotaque sulista tipica daquela região dos
Estados Unidos.
Outro ponto forte do filme, que chega até chocar, é a
veracidade com que Tarantino procura mostrar a realidade de como era a escravidão,
cenas fortes dos maltratos e torturas tipicas daquela época num dos períodos mais desumanos na Terra, cenas chocantes mesmo.
Em “Django livre” vemos o melhor de Tarantino, algo que ele
não fazia ha um bom tempo, energia que ele recuperou em “Bastardos inglórios e
consegue manter o mesmo ritmo no seu atual filme.
Ficamos na espera pela próxima empreitada do mestre em questão
e assistam esse filme, pois ele esta entre aqueles que são considerados clássicos da sétima arte.
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