terça-feira, 12 de março de 2013

Django Livre- Tarantino mais firme do que nunca em Hollywood



Assistir “Django livre” é uma experiência única, apesar de sua história não seguir nada do original protagonizado por Franco Nero nos anos 60, muitos elementos do bang bang italiano esta ali.
“Django” já começa ganhando no seu inicio, ao soltar os primeiros acordes do tema original do filme composto por Luis Bacalov, famoso por criar temas de filmes de western  mas como citei no inicio do texto, nosso Django em questão não é o mesmo dos anos 60 e seus muitos derivados, a trama apesar de ser ambientada em um cenário western, aqui nosso héroi é um escravo negro, interpretado por Jamie Foxx (Ray), que é liberto por um caçador de recompensas intepretado por Christopher Waltz, o espetacular Dr. Schultz.
O Dr. Pede algumas informações a Django sobre algumas pessoas que ele precisa matar e em troca disso tudo, o herói pede ajuda ao Dr para procurar sua esposa que foi mandada para outra fazenda ser escrava e nesse meio tempo de busca, o ex-escravo auxilia o Dr em suas missões em busca de bandidos e fugitivos da lei.

O personagem de Waltz, apesar de ser um mercenário, um matador de aluguel implacável  é um homem muito educado e de fala refinada, que nos mostra ser uma pessoa sensível e de bom caráter  mesmo com a profissão que exerce, seu personagem é muito carismático e se destaca muito durante o filme, assim como foi na sua experiencia passada como o coronel nazista Hans Landa em “Bastardos Inglórios”.
Foxx também impressiona com sua atuação no filme, sempre focado em aprender com o personagem de Waltz e conseguindo desenvolver bem seu personagem no decorrer do filme, momento marcante dele é na cena em que ensina a Franco Nero, numa participação mais que especial, a falar seu nome e dizendo que “Django é com “D” mudo”, incrível.

Leonardo DiCaprio também impressiona no papel do vilão Calvin Candie, dono de fazendas de escravo e Samuel L. Jackson também no papel do escravo “domesticado” Stephen, um velho rabugento e puxa saco da família de Calvin se destaca em momentos hilários.

Outro ponto interessante do filme de Tarantino, como já virou sua marca, é a incrível trilha sonora, que vai do rock, ao hip hop e aos antigos temas de faroeste. Temos também a câmera que faz aquele close no rosto dos personagens típicos dos filmes de artes marciais e faroestes antigos e dois elementos que nunca faltam nos filme de Tarantino: muito sangue exibidos de maneira exagerada e os diálogos longos, mesmo sendo muito prolixos em certos momentos, mas também arrancam algumas risadas durante a trama, sem contar as frases de impacto carregado de muito sotaque sulista tipica daquela região dos Estados Unidos.

Outro ponto forte do filme, que chega até chocar, é a veracidade com que Tarantino procura mostrar a realidade de como era a escravidão, cenas fortes dos maltratos e torturas tipicas daquela época num dos períodos mais desumanos na Terra, cenas chocantes mesmo.
Em “Django livre” vemos o melhor de Tarantino, algo que ele não fazia ha um bom tempo, energia que ele recuperou em “Bastardos inglórios  e consegue manter o mesmo ritmo no seu atual filme.
Ficamos na espera pela próxima empreitada do mestre em questão e assistam esse filme, pois ele esta entre aqueles que são considerados clássicos da sétima arte.



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