sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Superman - O retorno que não foi tão retorno em 2006.



Próximo ano é a volta do Superman aos cinemas com uma possível nova franquia, pois se o filme de Zack Snyder não vingar, a franquia não segue.
No inicio da década passada, Bryan Singer estava com nome em alta por causa de suas adaptações de X-Men, ambos sucessos de bilheteria, causando assim o interesse da Warner em contratá-lo para reiniciar a franquia do Homem de aço quase 20 anos depois do terrível quarto filme com Cris Reeve e poucos anos depois da investida de Tim Burton em fazer sua versão bizarra para o herói com Nicolas Cage no papel principal, isso no fim da década de 90.
A intenção de Singer não era fazer um filme de origem, e sim uma continuação seguindo os fatos ocorridos em Superman 2. 

Na trama, Super, após ter conseguido mandar Luthor para a prisão, fica sabendo através de cientistas que ainda havia vestígios de Kripton pelo espaço fazendo assim com que ele saia da Terra em busca de respostas sobre sua origem, ficando ausente do planeta por 5 anos. 

De volta a Terra, Super se depara com uma nova humanidade que se adaptou a sua ausência e também a uma nova Lois Lane que procurou apagar de sua mente qualquer tipo de lembrança do seu amado e querido Super, ela até casou com outro cara, o sobrinho de Perry White, o gente boa, Richard White, nesse meio tempo, Luhtor consegue sair da prisão, pois o julgamento que iria dar sua sentença precisava de um depoimento de uma testemunha chave, que no caso era o próprio homem de aço, mas com seu desaparecimento, Lex foi solto e ainda conseguiu dar o golpe do baú numa senhora rica e conseguir levantar seu reinado do crime.

O filme durante sua produção teve muitos contratempos, quase não saiu naquela época, mas Singer conseguiu fazer que desse certo, seu principal alvo foi à procura de alguém ideal para o papel de Clark / Super, depois de testes com nome consagrados como Judy Law, Brendan Fraser e outros, o escolhido foi o então desconhecido Brandon Routh, que ficou a cara de Reeve ao por os óculos e terno. Ele também optou por esoclher um elenco mais jovem para alguns papeis, como por exemplo, Kate Bosworth como Lois Lane, ai foi um dos pontos fracos do filme, muito jovem mesmo para um papel de uma repórter consagrada, fazendo parecer que o tempo não passou com os 5 anos de Super fora da Terra, outro ponto fraco foi Kevin Spacey como Lex Luthor, não convenceu, muito fraco, claro que a culpa foi do roteiro mesmo.

Infelizmente o roteiro ficou muito preso aos filmes de Richard Donner, fazendo parecer mais uma homenagem do que uma sequência, pois na teoria, o filme não ter uma trama de origem, só com acréscimos de flash back, foi uma boa, mas na pratica, não rendeu tão bem assim.
O filme procura até seguir um enredo mais adulto, investindo no amor proibido de Super e Lois, mas chega ser algo explorado a exaustão, fazendo com que o filme fique um pouco monótono. Outro ponto fraco do filme foi simplesmente a ausência de cenas de ação, ou um inimigo a altura do kriptoniano, pois com todos os recursos investidos no filme, se esperava algo do tipo, mas não ocorreu, tivemos apenas muitas cenas de salvamento, destaque para a ótima sequência do avião no inicio do filme que introduz a chegada de Super a Metropolis.

Não posso deixar de destacar o único ponto forte do filme, os efeitos especiais, tudo de primeira, cenas de vôo espetaculares, o visual do Super também ficou muito bom, apesar de muito emborrachado, mas ficou bem legal na tela.
O grande problema do filme de Singer é como eu disse antes, ele se prende muito a imagem que foi o filme de Donner de 78, ainda tendo elementos de Reeve na atuação de Routh, como o fato de o Clark ser um tonto para disfarçar quando se tornasse o Super e ainda tem aquela mania do cabelinho “pega rapaz” que acho, sinceramente, algo ridículo para os dias de hoje.

O filme nos Eua teve sua bilheteria empatada com o investimento, algo em torno de 250 milhões de dólares, apesar de ter feito sucesso pelo mundo, a franquia voltou para a gaveta, fazendo assim a idéia de uma nova serie do Superman nos cinemas ficar no limbo.
Mas ainda bem que a filosofia do “lavou ta novo” de Hollywood às vezes é uma boa, fazendo com que anos depois, eles fizessem o reboot com Zack Snider na direção.


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