sábado, 30 de março de 2013

Pulp Fiction- Tempo de violência – Tarantino provando em 1994 que veio para ficar.



Tarantino é como se fosse o musico Jerry Lee Lewis do cinema, um diretor que não se importa em estar destruindo seu piano enquanto todo mundo esta agitando. Seu filme de 1994, o clássico “Pulp Ficton”  é uma obra sobre sangue, tripas, violência, sexo estranho, drogas, eliminação de cadaveres, loucos de couro e um relógio de pulso que faz uma jornada sombria atravez de gerações.

Tarantino é um cineasta muito talentoso para fazer um filme chato, mas não, ele não procura seguir os passos de Ed Wood, a unica semelhança entre os dois é a paixão pelo que faz, se sentir intoxicado com o proprio ato de se fazer um filme. Tarantino aqui em sua direção é uma criança quando fica solta numa loja de brinquedos, ele brinca a noite toda com seu jogo de fazer filme.

No filme em questão temos não uma historia, e sim três historias com um foco no submundo do crime onde todas elas possuem personagens em comum. O filme começa com a introdução de um jovem casal de assaltantes numa lanchonete onde o assunto é assaltos, assim Tarantino começa a contar sua primeira historia: Vincent Vega (John Travolta) deve levar a mulher do chefão, Mia Wallace (Uma Thurman) para jantar e se divertir enquanto o chefe de Vincent vai para Florida tratar de seus negocios. A segunda história (no filme nota-se que a historia ja não esta em forma cronologica) nos conta sobre o boxeador Bucth (Bruce Willis), que é considerado além da idade para ser um lutador e recebe ums grana alta de Marcellus (o tal chefe do filme) para perder a luta. A terceira história tem como foco principal Jules (Samuel L. Jackson) com o personagem de Travolta como coadjuvante, que devem limpar o carro após um assassinato bem violento em seu transporte. Assistir ao filme pode se achar que nada faz sentido e tudo isso de uma maneira bem louca. Mas parando pra entender, vemos como o filme foi bem elaborado.

Alem dos detalhes contados e o modo como a história é conduzida, outro ponto que chama a atenção no roteiro ganhador de Oscar de Pulp Fiction (sim, o filme venceu o Oscar de 94 nessa categoria) é o modo como Tarantino trata sobre esses assuntos tão delicados de uma maneira, digamos, peculiar. Os dialogos são fortes e bem elaborados, na maioria das vezes nos mostrando um humor negro sobre diversos fatos e ações que nao deveriam ser engraçados, a naturalidade com que drogas e violência são tratados no cotidiano dos personagens, enfim, uma visão unica e particular sobre os assuntos tratados. E como as historias “parecem” estar desconectas umas das outras, tudo parece se tratar de uma bagunça generalizada, temos a razão para a definição da palavra “Pulp” logo no inicio do filme, assim ganhando seu sentido dentro do contexto principal da trama.

No filme podemos destacar a atuação maravilhosa de John Travolta na pele de Vincent Vega, ele que no inico de sua carreira nos anos 70 era citado com um ator com um futuro promissor no cinema, mas Travolta passou boa parte dos anos 80 e 90 apagado da grande midia, fazendo filmes fracos e aqui com Tarantino, ele renaceu e se fez importante de novo para o cinema americano e conseguindo de volta seus dias de glória em Hollywood.
Outro ponto, como sempre nos filmes de Tarantino, é a sua trilha sonora, um mix de generos como rock, country, rap, hip hop e outros para compor suas obras, destaque para a musica “Girl, You’ll be a woman soon”  que embala a personagem de Uma Thurman.
Pulp Fiction foi um filme genial e ao mesmo tempo pretensioso, mas que no fim deu certo. Esse foi o segundo filme de Tarantino, seu anterior foi o tambem classico “Cães de Aluguel”, mas sua obra veio de alguma maneira revolucionar o cinema independente e dando um novo folego para o genero.
Fica a dica de um filme que até hoje tem uma liguagem bem atual e que pode ser visto em qualquer epoca que nao perde seu valor.

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